Aparados da Serra – Itaimbezinho e Rio do Boi

Gente!

Vai fazer mais de um mês que fui ao Sul, mas na correria do mestrado não consegui escrever antes! Meu destino foi o Parque Nacional de Aparados da Serra, que é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral da natureza, localizada na Serra Geral, encampando os desfiladeiros na fronteira natural entre os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O parque abriga o maior cânion da América do sul!! 

Peguei um vôo do Rio até Porto Alegre e depois foram mais 3 horas de estrada até o Parque (~200km de Poa). A estrada é ótima, só dos 18 km finais são em estrada de terra meio ruim, mas tinham vários carros de passeio. O acesso é feito através da RS-020 ou BR-101, por Praia Grande/SC ou por  Cambará do Sul.

De ônibus tem que ir até Cambará do Sul. Na rodoviária pegar ônibus do Consórcio São Marcos/União, que sai de Caxias do Sul e vai para Criciúma. Descer na entrada do Parque. Para voltar a Cambará, sai um ônibus de Praia Grande (SC), que passa pelo Parque às 18h. (atenção! Não tem ônibus aos domingos, conferir os horários no site da viação)

Existem duas cidades para fazer a base para explorar a região: Cambará do Sul (18 km da entrada do parque), no RS, ou Praia Grande, em SC. Eu preferi fazer base em Praia Grande, num albergue muito bom e com preço em conta!  Sem contar que para trilha do rio do boi é ideal ficar em Praia Grande mesmo.

A principal atração do parque é o famoso e impressionante Cânion do Itaimbezinho (do Tupi-Guarani Ita [pedra] e Aí’be [afiado]). Com uma extensão de 5,8 km, largura máxima de 600 m e altura máxima de cerca de 720 m. No parque existem três trilhas abertas ao público. As trilhas do Vértice e do Cotovelo na parte de cima do Cânion do Itaimbezinho e a trilha do Rio do Boi, que permite acessar o interior do cânion.

A entrada ao parque para conhecer o Itaimbezinho é permitida até às 17 horas e permanência até as 18 horas. Durante a vigência do horário de verão, a entrada e a permanência, são permitidas, respectivamente, até as 18 e até as 20 horas. A taxa de visitação é de 5 reais por veículo mais 7 reais por pessoa (brasileiros, gringos pagam 14).

A trilha para o cotovelo, que possui a melhor visão, tem cerca de 3 km (cada trecho), mas é um caminho na verdade, muito fácil, com terra batida e bem largo, plano, qualquer um pode fazer e a vista compensa demais!!!

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Nós fizemos essa trilha dois dias, pois o primeiro dia estava com muita neblina (primeiras duas fotos) e não vimos nada. É bem comum essa neblina devido a formação do Cânion, o parque tem um twitter que informa a visibilidade diariamente, vale conferir antes para não se dar mal como nós rs.Pelo menos,no segundo dia estava um super sol e aproveitamos muito!

Indo para o parque saindo de Praia Grande tem um mirante a esquerda da estrada, um morro que se chama morro dos cabritos, vale a parada, a vista é linda, e diferente da vista dos cânions!

morro+cabritos

Vista do morro dos cabritos

A trilha para o rio do boi, já são outros quinhentos, é bem pesada! Quando o guia disse que eram 5 km por trecho, achei que seria moleza e não entendi porque ele dizia que demoraríamos 7 horas, mas chegando lá entendi! Após cerca de uma hora de caminhada na mata chegamos ao leito do rio, a partir daí a caminhada é feita pelo leito do rio, em um terreno muito instável, de pedras, é preciso muito cuidado! Cruzamos o rio cerca de 10 vezes em cada trecho. Como o nível do rio estava bem alto, foi desafiante, é preciso força e técnica.  Para fazer essa trilha é preciso guia (pagamos 70 reais cada, no mínimo 4 pessoas) e eles só liberam se o nível de água do rio estiver dentro dos limites. Quando fomos, chovia muito, e no final o rio já estava bem mais alto, precisamos de corda para atravessar o último trecho. É uma trilha lindíssima, a vista interna do cânion é maravilhosa e tem várias cachus iradas! Mas só aconselho para quem tem preparo. DICA: leve roupas que sequem fácil e não use sapato impermeável (seu sapato vai virar um aquário).

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Dicas finais:

Hospedagem: Hostel Nativo dos Canyons

Pagamos cerca de 40 reais por noite, sem café, em um quarto compartilhado. Tudo muito organizado e limpinho, atendimento ótimo! Ficamos no Hostel central deles, que fica na cidade, mas tem o campo também, com cabanas e piscina, que um amigo já ficou e adorou.

Restaurante: Casa dos Petyscos

Esse restaurante é ótimo pro pós trilha fome monstra, muitas gordices! Comemos a torre de batata que é um monte de batata-frita com carne, frango, coração de galinha, calabresa, queijo… Delícia!

Outros passeios  nos arredores:

-Cânion Fortaleza (Acho imperdível mas não tovemos tempo! 😦 ). Fica a 23 km de cambará do Sul. São 6 km divididos em duas trilhas: Trilha do Mirante e Cachoeira do Tigre Preto.

-Passeio Circuito das águas ( Cachoeira venâncios, Passo do S e Passo da ilha). São cerca de 100 km em Land Rover – 5 horas.

-Passeios a cavalo.

Gente, eu amei essa trip! A minha cara, muita natureza, trilhas, cachus… Para quem não conhecia esse lugar lindo no Brasil, super fácil de chegar, barato e lindissímo, espero que tenham curtido a dica! 🙂

Boas viagens,

Bia

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